Tom Pryce
Thomas Maldwyn Pryce nasceu em 11 de junho de 1949,na cidade de Ruthin, condado de Denbighsire, País de Gales; filho de Jack e Gwyneth Pryce. Seu pai havia sido piloto de bombardeiro da RAF na 2° Guerra Mundial (pilotava os temidos Avro Lancaster);sua mãe era enfermeira no posto de seu distrito.Seu irmão mais velho falecera quando Tom tinha 3 anos, o tornando filho único.
Pryce começou a se interessar por automóveis aos 10 anos, quando dirigiu uma van de padaria!Porém seu interesse maior era a aviação, e a exemplo do pai, ser um piloto da RAF;Anos mais tarde diria que desistiu por que não se achava "inteligente o suficiente" para pilotar um caça.
De criança, seu ídolo era o escocês piloto da Lotus, o mítico Jim Clark;assim quando este faleceu em Hockenhein em 1968, Tom teve sua primeira tristeza no automobilismo;Mesmo assim começou a competir de Fórmula Ford inglesa em 1969, estreando na prova de Mallory Park.Disputou as temporadas de 1969 a 1971 nessa categoria, sendo que na prova em Silverstone durante a temporada de 1970, venceu sob uma chuva torrencial, e deu inicio a fama de piloto imbatível em pistas molhadas; em 1973 disputou a F3, e em 1974 vem a grande chance, ser piloto de F1;estreiou a bordo de um mediocre Token, mas seu desempenho chamou a atenção da Shadow Cars; e assim Tom foi contratado para substituir Peter Revson ( que por uma macabra concidência falecera na mesma pista que Tom, Kyalami,pilotando a mesma Shadow de n°16);
Tom Pryce e seu Shadow F1 em 1975
A Shadow era um carro sinistro em todos os aspectos (a começar pelo nome,traduzido como sombra,espectro ou fantasma):era insegura,como a maioria dos F1 dos anos 70 e toda pintada na cor preta...
Pryce terminou a temporada de 1975 em 8° e a de 1976 em 10°.Então vem o ano de 1977; e Pryce tinha esperanças renovadas; a Shadow apresentara um novo modelo, (pintado em branco e azul);Era um carro mais estável e enfim daria alguma chance ao talentoso piloto galês.
3° etapa do mundial,em Kyalami, na conturbada África do Sul em pleno apartheid; dia 5 de março de 1977;Após uma quebra no GP do Brasil(2° etapa) Pryce alinha seu Shadow no grid de largada;Após um problema na largada, cai para último lugar,mas dá incio a uma arrancada excepcional, e em 20 voltas sobe para a 11°posição;
21°volta:por uma trágica ironia, a Shadow de n°17, do companheiro de Pryce, Renzo Zorzi, para por problemas no motor na reta dos boxes; mal Renzo desce do carro,o motor incendeia-se; Então a tragédia se desenha: dois jovens e despreparados fiscais,atravessam a pista carregando pesados extintores;o primeiro escapa dos carros por pouco,mas o segundo, um jovem de 18 anos chamado Jensen Van Vuuren não tem a mesma sorte e é atingido em cheio pelo carro de Pryce, a 275 km/h; O impacto é tão brutal que o corpo de Jensen se desmembra ao meio; Pryce é bizarramente atinigindo na cabeça pelo extintor, que arranca seu capacete e fratura seu crânio por completo (a ponto de seu rosto se tornar uma pasta ensanguentada); O carro desgovernado,com um morto ao volante, continua em linha reta e atinge a Ligier de Jacques Laffite;O único galês a pilotar e vencer na F1 estava morto; Morrera ironicamente onde seu antecessor de equipe também perecera e no local onde milhares de seus compatriotas, soldados do 22° Regimento de Galeses Fronteriços haviam tombado,aos pés do monte Isandawana, em janeiro de 1879;
E da canção militar cantada por eles,tiro um verso que pode resumir o perfil galês de Tom Pryce
"Sempre pronto para a batalha;
Um galês jamais se rende."
Vídeo do acidente fatal de Pryce: Atenção! as cenas são fortes...
Vídeo-tributo ao galês Tom Pryce
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